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Terça-feira, 25 de Junho de 2013

Tribunal de Justiça repercute manifestações nas ruas de Vitória

Os 22 desembargadores que participaram da sessão do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES), na manhã desta segunda-feira (24), repercutiram as manifestações populares que vêm ocorrendo em todo o País e ressaltaram, em especial, a passeata que reuniu mais de 100 mil capixabas, na quinta-feira (20), pelas ruas de Vitória.

O presidente do TJES, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, último a se pronunciar sobre o assunto, leu um artigo, em que ele destacou a importâncias das manifestações.

O procurador de Justiça Josemar Moreira, representante do Ministério Público Estadual na sessão do Pleno, também deixou sua mensagem e disse que o desembargador Pedro Valls Feu Rosa, ao encontrar-se com os manifestantes para ouvir suas reivindicações, “não perdeu o trem da história”.

Primeiro a falar sobre as manifestações, o decano do Tribunal de Justiça, desembargador Adalto Dias Tristão, elogiou a postura do presidente Pedro Valls Feu Rosa, que saiu de seu gabinete e foi recepcionar um grupo de manifestantes:

“Com sua atitude, o senhor demonstrou espírito patriota”, disse o decano Adalto Tristão.

Ao mesmo tempo em que elogiaram a grande massa que saiu pelas ruas para pedir melhores condições de vida e o fim da corrupção e impunidade no Brasil, os desembargadores lamentaram o fato de um pequeno grupo de manifestantes ter atacado com pedras o prédio do Tribunal de Justiça.

O que eles disseram:

Adalto Dias Tristão: “A lamentar o fato de alguns tentarem tirar o brilho dos jovens que, de forma pacífica, demonstraram sua indignação nas ruas. Quero cumprimentar o presidente do Tribunal de Justiça, que teve atitude de civismo ao receber uma comissão de manifestantes”.

Manoel Alves Rabelo: “Foi um gesto muito bonito o senhor ter recebido os manifestantes. Enalteço sua atitude, presidente, por estar sempre ao lado dos movimentos sociais. Lamento, porém, os damos causados ao prédio do Tribunal”.

Sérgio Bizzotto: “Foi extremamente digna sua atitude; demonstrou que nós não estamos calados. Temos uma pessoa que representa nosso modo de pensar”.

Álvaro Bourguignon: “Estou endossando todas as manifestações. Minha solidariedade ao Judiciário”.

José Luiz Barreto Vivas: “Parabenizo os jovens que, de forma ordeira, saíram em passeata. Parabenizo também o senhor presidente do Tribunal por ter ido falar com o povo no meio da rua”.

Ronaldo Gonçalves de Sousa: “Nesse episódio das manifestações populares, só lamento os danos causados ao nosso prédio”.

José Paulo Calmon Nogueira da Gama: “Destaco a coragem do nosso presidente ter recebido os manifestantes em uma comissão”.

Carlos Simões Fonseca: “Primeiramente, é de ressaltar o direito das manifestações. Porém, no episódio em que o Tribunal foi depredado, o Pleno tem que estar solidário não só no sentido de preservar o Judiciário, mas em repúdio em que o senhor presidente quase foi vítima de um pequeno grupo de vândalos. Este Tribunal de Justiça tem dado exemplo à Nação de que nós também estamos combatendo a corrupção e a impunidade. Estamos cortando na própria carne, fazendo faxina interna. Portanto, não podemos aprovar nenhuma forma de agressão. Os movimentos nas ruas demonstram que são legítimas as aspirações do povo, desde que sejam com respeito às pessoas e ao patrimônio público e privado”.

Namyr Carlos de Souza Filho: “Considero democráticas as manifestações nas ruas, mas repudio qualquer ato de vandalismo e lamento profundamente que tenhamos sido o Tribunal atacado por atos inconsequentes dessa natureza”.

Willian Couto: “Lamento o incidente ocorrido em frente ao Tribunal. As manifestações públicas são democráticas, mas têm que acontecer de forma ordeira e pacífica. O que aconteceu aqui na quinta-feira foi uma ação de uma minoria, que não respeita a voz das ruas. Gostaria de cumprimentar o senhor, presidente, que de forma exemplar soube mais uma vez representar este Tribunal”.

Dair José Brengunce: “As manifestações são legais, mas lamento também o ataque ao prédio do Tribunal”.

Telêmaco Antunes de Abreu Filho: “Quero hipotecar ao presidente do Tribunal a nossa solidariedade. Sua atitude só tem a enaltecer o Poder Judiciário brasileiro”.

Fábio Clem, Ney Coutinho, Catharina Barcellos Novaes, Carlos Roberto Mingone, Willian Silva, Roberto da Fonseca Araújo e Lyrio Régis Lyrio acompanharam todas as manifestações.

Jorge Henrique Valle dos Santos: “Primeiro, gostaria de enaltecer a coragem do presidente do Tribunal em ir à rua, mesmo correndo risco, conversar com os manifestantes. O senhor correu risco físico, mas manteve a defesa da imagem do Judiciário. Parabenizo seu espírito democrático, ao mesmo tempo em que repudio os atos de vandalismo”.

Janete Vargas Simões: “O senhor agiu num momento muito delicado. Parabéns”.

Josemar Moreira, Procurador de Justiça: “Quero hipotecar solidariedade ao senhor presidente pela iniciativa de intervir na manifestação, que é soberana e democrática. O senhor, doutor Pedro Valls Feu Rosa, não perdeu o trem da história ao ir ao encontro dos manifestantes de forma tão lúcida”.

 

Fonte: TJ/ES